quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quando a derrota é o melhor resultado


O título é esse mesmo e não me xinguem, tricolores. 

O Fluminense estagnou em um ponto que pode ser prejudicial na briga pelo título. Sim, eu acho o Flu seríssimo candidato esse ano, ao lado de Vasco e Atlético Mineiro. 

Ficou como único invicto da competição, começou a ganhar jogando mal e, pior, passou a se satisfazer com isso, o que pode se tornar um obstáculo. Jogar mal e vencer faz parte do futebol. Jogar sempre mal e vencer, não. Uma hora a casa cai, você perde e, ao invés de assumir que vinha jogando mal, tenta desviar o foco para outra coisa qualquer, como o "detalhe", por exemplo, que foi a razão da derrota, segundo Abel.

O Fluminense até poderia caminhar intacto pelas 38 rodadas do campeonato, mas convenhamos que seria uma tarefa para lá de árdua. E poderia também ser campeão vencendo e jogando mal, como ainda pode, diga-se. Mas seria muito difícil, né? Há jogos em que o adversário é mais fraco e basta um pouco de futebol para ganhar. Só que no Brasileirão, muito equilibrado, também ocorrem confrontos mais cascudos, como o de ontem. 

Claro que perder para um adversário direto nunca é bom. Mas a derrota para o Grêmio, muito bem armado por Vanderlei Luxemburgo, precisa ser vista por um ângulo diferente. Pensando na tabela, o resultado foi ruim. Mas pensando no que isso pode representar para a equipe das Laranjeiras mais à frente, foi bom. Perder por 1 a 0, jogando tão mal, pode fazer com que os torcedores cobrem um futebol de resultado, mas também vistoso. Pode fazer com que Abel Braga abra os olhos para os problemas e tente acabar com a Deco-dependência. Pode fazer com que jogadores, torcedores, dirigentes, todos ponham o pé no chão e entendam que, por mais que o Flu tenha o melhor elenco do Brasil, jogar bola é mais do que necessário para ser Campeão Brasileiro.

Perder quase nunca é bom

Quase... porque em algumas ocasiões pode ser.

Ontem foi.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma obra complicada


Você compra uma mansão e passa a ser o responsável por ela. Uma daquelas bem grandes, ostensivas, porém mal cuidada, carcomida. Tem vontade de reformá-la, ajeitá-la, mas falta aquele tino de arquiteto, engenheiro, decorador e tudo mais. 

O que fazer? Simples. Contratar todos os profissionais que sejam capazes de realizar esse trabalho de forma  eficaz, rápida e, acima de tudo, sem amadorismo. O problema é quando você chama essas pessoas, mas elas não são tão capacitadas assim. Você escolheu os seus amigos, a sua patotinha para te ajudar nessa difícil empreitada. Na base do coleguismo fica complicado, não acha?

Depois, pelo menos, você contrata um engenheiro, o responsável principal pela reforma da sua mansão. Ele chega, começa a comandar o mestre de obras e os operários com simplicidade, sinceridade, controlando os gastos. Este último, por sinal, é um grande problema. Você adquiriu a mansão, mas falta aquele suporte financeiro para levar o projeto adiante. Assim, você contrata peões medianos, um mestre de obras ultrapassado, um decorador meia-bomba, tudo dentro da mediocridade, até a matéria-prima.

Aí, esse engenheiro, por mais que tenha boa vontade e se esforce, não consegue fazer milagre, ainda mais estando só(Zinho) no meio de tanta bagunça. E o mestre de obras, além de ultrapassado, conta com peões pouco qualificados para realizar as tarefas que são designadas a cada um.

Aí é mais fácil demitir quem? Os responsáveis superiores que fazem parte da sua patotinha? Os diversos peões? Ou o mestre de obras? O mestre de obras, claro, mesmo que ele seja o menor dos problemas. E contrata logo outro. Que pode fazer alguma coisa, gerar uma mudança, mas estará submetido a mesma bagunça que o funcionário anterior.

Ao invés de você supervisionar, você tira uma licencinha, dá um pulinho em Londres, e deixa todo mundo largado aos questionamentos. Enquanto isso, a sua casinha menor, sua casa da Barbie, bem localizada, está lá, bonitinha, arrumada, cuidada, exposta aos olhos de quem passa.

Afinal, brincar de casinha é facil

Quero ver ajeitar a mansão.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pobres rubro-negros


O que dizer desse Flamengo? São tantas coisas ao mesmo tempo que fica até difícil.

Vamos em tópicos, talvez seja mais fácil de entender.

1) Joel não é culpado de tudo, mas é culpado de muita coisa. Não pode estar no Flamengo há meses e o time não ter um padrão tático, uma escalação definida. O Flamengo é uma zona dentro de campo. O elenco é fraco? É. Contra o Corinthians dois gols foram em erros individuais de Bottinelli e Renato? Sim. Mas a equipe poderia ser organizada, era o mínimo que se esperava.

2) A espinha dorsal do time nem é essa porcaria toda. Paulo Victor, Léo Moura, González, Ibson, Love. Se você tiver um camisa 10 decente, fica uma boa equipe. O problema é descobrir ou contratar esse 10. O maior problema, como sempre repito, é organizar minimamente o time.

3) A má fase dos principais jogadores também não ajuda. Aqueles que poderiam fazer a diferença, simplesmente não fazem absolutamente nada. A tal da espinha dorsal anda meio quebrada. Léo Moura tem passado mais tempo no estaleiro e, quando joga, é nulo. Love parou de fazer gols e Ibson não sabe se marca ou se tenta armar o time.

4) Renato merece um capítulo à parte. Contra o Corinthians deu um lindíssimo passe de calcanhar...para Douglas, jogador do time adversário. A rigor, só aparece na hora de cobrar as faltas. Por onde anda Muralha? Por que não testar Camacho, que fez boas partidas esse ano na posição? Renato é um dos líderes do elenco e pode ser complicado barrá-lo, mas já está mais do que na hora.

5) Um fato incontestável. Para ganhar do Flamengo, o adversário não precisa jogar muita bola (o Corinthians jogou bem, acalmem-se), basta deixar que os rubro-negros tentem jogar. O resultado é simples. A equipe de Joel não consegue. Se tem a bola, não sabe o que fazer com ela, perde, e sofre contra-ataques, o que ficou claro no jogo contra o Fluminense. No jogo de hoje, o Corinthians avançou a marcação e complicou a saída de bola que era feita pelos zagueiros e por Aírton. Chutões a esmo para frente e criação zero.

6) Da atual temporada, o que se pode destacar de positivo é uma coisa só. O lançamento de PV ao time titular. O jovem vem mostrando que merece a vaga, fazendo boas partidas e salvando o time muitas vezes, assim como fazia Julio Cesar. Hoje, inclusive, pegou um pênalti de Emerson quando o jogo estava 3x0.

7) Por fim, diretoria. Zinho está tentando fazer um bom trabalho, e até vem conseguindo. Pés no chão, honestidade, simplicidade, sem loucuras para contratar e organização no departamento. Mas está cercado de maus profissionais. Levys, Coutinhos e que tais estão aos montes na Gávea. Por quê? Pra que? Ninguém sabe. 

8) Tenho pena dos 14 mil infelizes que saíram de casa em um horário insólito, pagaram ingresso e enfrentaram as intempéries do tempo para ver o time do coração fazer essa vergonha. Pobres rubro-negros.

O Flamengo está mal

E não há perspectiva de melhora.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Uma vitória irregular


A frase do título pode ser explicada de duas formas.

A primeira é que o Flamengo, apesar da melhora, mais uma vez, foi irregular. Teve momentos tranquilos, outros nem tanto. Novamente faltou criatividade ao meio-campo. Adryan parece ser um bom jogador, mas ainda precisa amadurecer demais e não pode ser visto como o camisa 10 que o time não tem. Raros foram os momentos que a equipe carioca conseguiu criar chances de gol a partir de tabelas ou jogadas de efeito dos homens de frente. O gol dos rubro-negros no primeiro tempo surgiu de um cruzamento mal afastado pela defesa do Bahia que foi aproveitado por Hernane. O tricolor baiano empatou em boa jogada de ataque, que foi concluída por Kléberson, ex-jogador do Flamengo.

Com a injusta e exagerada expulsão de Luiz Antônio, era natural o recuo no segundo tempo. Joel até surpreendeu ao manter o esquema com a entrada de Diego Maurício no lugar de Adryan e improvisar Airton na lateral-direita. Mas o recuo aconteceu. Apesar disso, o Flamengo marcou bem, com afinco, dedicação e muita vontade de todos, inclusive dos atacantes, que voltavam para dar combate.

Quem apareceu, novamente, durante a pressão do Bahia, foi Paulo Victor. O jovem goleiro vem mostrando, a cada dia mais, que merece mesmo a confiança e a vaga depositadas em si. Com defesas importantes e difíceis, segurou o resultado. 

A segunda forma passa pelos erros do juiz, que resolveu aparecer de novo. Depois da lambança com a expulsão de Luiz Antônio no primeiro tempo, Francisco Carlos Nascimento inventou um pênalti para o clube da Gávea. No lance, Ibson se jogou na área e o árbitro marcou a penalidade. Renato Abreu comemorou e garantiu a vitória do Flamengo.

A novidade da partida foi a boa atuação do zagueiro Arthur Sanchéz, que substituiu o lesionado González. Fazendo o feijão com arroz, Arthur não comprometeu e fez uma ótima partida.

Com um futebol irregular e com um pênalti irregular

A vitória do Flamengo não poderia ser definida com outra palavra:

Irregular.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bem-vindo de volta, Palmeiras


O maior clichê seria dizer que os dois lados tinham o verde da esperança para acreditar no título. Mas deixemos isso de lado.

Poderia dizer também que os dois mereciam o título. O Coritiba porque estava na final pela segunda vez consecutiva e vem fazendo um trabalho de gestão e montagem de elenco excelente, ano após ano, desde que foi rebaixado em 2009. O Palmeiras porque é grande, enorme, e carecia, nos últimos anos, de títulos que confirmassem sua condição.

Poderia dizer que a torcida do Coxa tinha que gritar esse título. Ser vice-campeão duas vezes seguidas, e em casa, é de doer no coração, na alma. Mas e a torcida do Palmeiras? Doze anos sem um torneio relevante, sempre esquecido nos cantos, sacaneado nas conversas enquanto os amigos rivais comemoravam. Os jovens palmeirenses, então, nunca viram o Palmeiras campeão. Um Campeonato Paulista e olhe lá.

Poderia dizer que o campeão deveria ser Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba, que vem se destacando por montar times vistosos com jogadores medianos e precisava da taça para respaldar ainda mais esse trabalho. Felipão também deveria ganhar, não? Voltou ao Palmeiras em 2010, sempre teve elencos medíocres e levou o Palmeiras muito mais longe do que a equipe era capaz.

Os jogadores dos dois lados também tinham motivos para serem campeões. Do lado do Coritiba, os remanescentes queriam o título em 2012 para apagar a derrota em 2011. Do lado do Palmeiras, Marcos Assunção, que voltou ao Brasil por gostar do clube, João Vitor, agredido pela torcida em 2011, Valdívia, que mesmo após ser sequestrado ficou até o fim do torneio, Bruno, goleiro que virou titular na reta final com grandes atuações, Henrique, que também voltou pela relação especial,  Betinho, tão criticado na hora em que chegou, tão decisivo na hora em que precisou, entre outros. Nas duas equipes havia jogadores que deveriam ganhar o título.

Pena que o futebol não premia merecimento, nem é capaz de fazer duas equipes vencerem. Alguém tem que ganhar. Alguém tem que perder.

Os Coxas Brancas que me perdoem, mas o Palmeiras é grande demais para ficar escondido, diminuído.

Na Copa do Brasil 2012, os deuses do futebol olharam todas as camisas no começo da competição e viram o que o título significaria para cada uma delas. 

Escolheram o renascimento do Verdão.

Seja bem-vindo de volta, Palmeiras.

O grupo dos clubes grandes estava sentindo a sua falta

Agora não sente mais.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

As certezas do Fla-Flu centenário

O Fluminense venceu o primeiro Fla-Flu em 1912 e, 100 anos depois, repetiu a dose.

O novo personagem que faz parte de mais um capítulo dessa história é Fred. Sem nunca ter marcado em confrontos dos dois times, parece ter esperado um momento especial para fazê-lo.

Com o gol do artilheiro, o Fluminense alcançou a quarta vitória seguida e agora é vice-líder da competição. Enquanto isso, o Flamengo segue em nono, no meio da tabela.

A partida serviu, ainda, para destacar algumas situações que já estavam bem claras nas rodadas anteriores.


O Fluminense tem um elenco forte, um técnico que conhece e sabe armar a sua equipe. Disciplinado taticamente, o tricolor plantou duas linhas de quatro na frente da própria área e esperou que o Flamengo atacasse. Como todos sabem, criatividade não é o forte do atual elenco rubro-negro. Assim, Abel deixou Fred e Wellinton Nem livres para puxar os contra-ataques. Faltou somente acertar os passes, já que o Flu errou vários durante o jogo. Mesmo fazendo uma partida muito abaixo do que pode, o Fluminense venceu sem sustos (exceto por duas cabeçadas do Flamengo, uma de Adryan e outra de Marllon).

O Flamengo, como dito acima, é um time nulo. Teve boa parte da posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela. Bottinelli tentava passes verticais e errava. Ibson, Renato e Amaral se contentavam em tocar a bola para trás e para os lados. Magal não conseguia profundidade pela lateral-esquerda. Luiz Antonio, improvisado na lateral-direita, fazia boas jogadas, mas não cruzava certo. E a zaga, novamente, falhou no gol adversário, dessa vez com González. Joel, com o emprego por um fio, fica na dúvida entre arriscar ou não. Colocou Adryan, mas tirou Diego Maurício. Só no fim do jogo resolveu partir para cima ao tirar Amaral e colocar Mattheus.

Fora de campo, as entrevistas chamam atenção. Mesmo com quatro vitórias seguidas, Abel mantém os pés no chão e diz, acertadamente, que "foi só mais um passo". Joel e Renato, por outro lado, enxergam uma melhora no Flamengo. O técnico rubro-negro afirmou que este deve ter sido o melhor jogo do Flamengo sob o comando dele. Sinal de que a situação é grave.

E desse jeito terminou o Fla-Flu centenário.

Com um novo personagem para a história do clássico

E com uma certeza para cada lado.

Enquanto o Flu vai bem

O Fla vai mal.

Simples assim.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

É o Corinthians...

(Foto: Ari Ferreira / Lancenet)
É o Corinthians do Cássio, que apareceu outro dia contra o Emelec salvando a pátria, cresceu na frente do Diego Souza e se tornou um novo herói.

É o Corinthians do Alessandro, veterano, experiente, não muito técnico, mas sempre brigador, raçudo. O Alessandro capitão.

É o Corinthians do Chicão, que foi barrado, brigou com o técnico, deu a volta por cima e ajudou o time a ter uma das defesas menos vazadas da história da Libertadores.


É o Corinthians do Leandro Castán, zagueiro humilde, que veio de time pequeno, mas nunca se intimidou  em um dos maiores clubes do país.

É o Corinthians do Fábio Santos, que não aparece, não chama atenção, mas tem seus méritos, seu valor.

É o Corinthians do Ralf, cão de guarda, marcador implavavél, que sabe passar a bola, incansável, faz o trabalho atrás e ajuda na frente.

É o Corinthians do Paulinho, polivalente, que marca, ataca, finaliza, passa, cabeceia, faz gol, é completo, que foi herói contra o Vasco, que virou referência dentro do elenco.

É o Corinthians do Danilo, vencedor de Libertadores pelo São Paulo, sereno, líder, jogador que cadencia o time, tranquiliza. Danilo, dono do gol da classificação para a final.

É o Corinthians do Alex, vencedor da Libertadores pelo Internacional, do passe preciso, que prende a bola, da canhota habilidosa. Que se não foi decisivo em campo, com certeza ajudou a diminuir a pressão fora dele.

É o Corinthians do Jorge Henrique, marrento, abusado, táticamente fundamental na marcação dos laterais adversários e na puxada dos contra-ataques.

(Foto: Tom Dib / Lancenet)
É o Corinthians do Emerson Sheik, fanfarrão, driblador, veloz, decisivo (dois gols na final), brigador, que tem cheiro de título, espírito de campeão.

É o Corinthians do Romarinho, moleque atrevido, iluminado, que calou La Bombonera com um toque na bola, surgiu e explodiu.

É o Corinthians do Tite, que foi eliminado na pré-Libertadores em 2011, mantido no cargo (milagre!), Campeão Brasileiro no mesmo ano, que montou uma equipe forte, determinada, solidária, consciente, vencedora, mesmo sem ser brilhante.



É o Corinthians de tantos outros. William, Wallace, Paulo André, Liédson, Julio Cesar, Edenílson, Ramirez, Douglas, Elton.

É o Corinthians invicto, que não perdeu na tão falada La Bombonera, nem em estádio algum durante a competição.

É o Corinthians do ex-presidente Andrés Sanchez, que fez o que todos os cartolas não fariam, e manteve o técnico Tite mesmo após a vexatória eliminação para o Tolima, em 2011.

É o Corinthians da Democracia Corinthiana, não a de Sócrates, mas a da artilharia. 11 jogadores diferentes marcaram os 20 gols do clube na Libertadores.

É o SEU Corinthians, bando de loucos, maloqueiros, sofredores, que apoiaram incondicionalmente onde fosse, que esperaram 100 anos por esse título inédito.

É o Corinthians de todos vocês.

Pode acreditar. O Corinthians, de tantos títulos, de tantas conquistas, de tantas caras, famosas ou anônimas, agora, é mais um Corinthians.

É o Corinthians

Campeão da Libertadores!

domingo, 1 de julho de 2012

Seedorf e o Grande Botafogo

(Foto: Montagem / Site oficial do Botafogo)
O Botafogo é sempre visto como o patinho feio entre os times grandes, principalmente no Rio de Janeiro. Aquele time que é alvo de piadas, chamado de pequeno, que não disputa títulos importantes há anos, enquanto os co-irmãos ganham uma taça relevante aqui e ali.

O importante é perceber que, com a chegada de Maurício Assumpção, atual presidente, o clube passou a fazer um esforço ímpar para mudar esse panorama. O Botafogo começou a exigir respeito. Conseguiu o arrendamento do Engenhão pelos próximos 30 anos, desenvolveu um dos melhores departamentos de marketing do país, começou a contratar jogadores que interessavam a outros clubes e são considerados caros, como Maicossuel, Elkesson, Loco Abreu, Renato, Jéfferson, Marcelo Mattos, todos na gestão do atual mandatário do clube.

Agora, em um passo muito ousado, contratou Seedorf. Uma baita notícia que vai colocar o alvinegro carioca na mídia com muito mais frequência que antes. Uma baita contratação que vai aumentar o nível técnico da equipe. Um baita jogador, vencedor por onde passou, e ainda tem fome de títulos. Um baita profissional, responsável, inteligente, respeitoso. Alguém que, com toda a certeza, trará muitos benefícios ao Botafogo. Seedorf pode ser aquele algo mais que faltava ao clube não só para vencer, mas para ter o espírito vencedor, algo que talvez faltasse ao Glorioso. Apesar de veterano, ainda é capaz de jogar em alto nível. 

Com Seedorf, o Botafogo faz história. Mostra a todos, principalmente aos grandes rivais, que pode brigar de igual para igual. Tanto dentro quanto fora de campo. O holandês chega para "colocar" o Botafogo em outro nível, entre os grandes. Colocar, entre aspas, porque o Botafogo já está lá, mas os rivais parecem não enxergar assim. Agora, certamente enxergarão.

O holandês alvinegro ou o alvinegro holandês, tanto faz, o importante é que ele chegou.

Os rivais que abram o olho e comecem, realmente, a enxergar.

O Botafogo é grande

E Seedorf está provando isso.
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