O título é esse mesmo e não me xinguem, tricolores.
O Fluminense estagnou em um ponto que pode ser prejudicial na briga pelo título. Sim, eu acho o Flu seríssimo candidato esse ano, ao lado de Vasco e Atlético Mineiro.
Ficou como único invicto da competição, começou a ganhar jogando mal e, pior, passou a se satisfazer com isso, o que pode se tornar um obstáculo. Jogar mal e vencer faz parte do futebol. Jogar sempre mal e vencer, não. Uma hora a casa cai, você perde e, ao invés de assumir que vinha jogando mal, tenta desviar o foco para outra coisa qualquer, como o "detalhe", por exemplo, que foi a razão da derrota, segundo Abel.
O Fluminense até poderia caminhar intacto pelas 38 rodadas do campeonato, mas convenhamos que seria uma tarefa para lá de árdua. E poderia também ser campeão vencendo e jogando mal, como ainda pode, diga-se. Mas seria muito difícil, né? Há jogos em que o adversário é mais fraco e basta um pouco de futebol para ganhar. Só que no Brasileirão, muito equilibrado, também ocorrem confrontos mais cascudos, como o de ontem.
Claro que perder para um adversário direto nunca é bom. Mas a derrota para o Grêmio, muito bem armado por Vanderlei Luxemburgo, precisa ser vista por um ângulo diferente. Pensando na tabela, o resultado foi ruim. Mas pensando no que isso pode representar para a equipe das Laranjeiras mais à frente, foi bom. Perder por 1 a 0, jogando tão mal, pode fazer com que os torcedores cobrem um futebol de resultado, mas também vistoso. Pode fazer com que Abel Braga abra os olhos para os problemas e tente acabar com a Deco-dependência. Pode fazer com que jogadores, torcedores, dirigentes, todos ponham o pé no chão e entendam que, por mais que o Flu tenha o melhor elenco do Brasil, jogar bola é mais do que necessário para ser Campeão Brasileiro.
Perder quase nunca é bom
Quase... porque em algumas ocasiões pode ser.
Ontem foi.