quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nem bom, nem ruim


Vasco x Lanús, São Januário com público razoável (pouco mais de 13 mil presentes), torcida empolgada e um adversário relativamente fácil. Mas relativamente fácil é... relativo. O Vasco começou bem, dominou o primeiro tempo inteiro, abriu 2 a 0 no placar - com direito a uma pintura de Diego Souza -, poderia ter feito mais e estava com o jogo relativamente resolvido. Mas relativamente resolvido é... relativo.


Libertadores é uma competição chata. Chata mesmo. Arbitragem chata, os times gringos são chatos, quando os brasileiros vão jogar fora é chato. Para ganhar, tem que saber jogar. E saber jogar não envolve somente colocar o adversário na roda, tocar a bola, dominar o jogo, fazer os gols em casa e não levar nenhum. Saber jogar a Libertadores é saber acalmar o jogo e fazer a cera que os rivais fazem também.

O Vasco fazia tudo, o Lanús fazia nada. Mas quando o relativo entra em ação...

Um lance. Bola cruzada, Fágner sobe atrasado, leva o drible e Regueiro fuzila Fernando Prass. Pronto. Tudo o que está nos dois primeiros parágrafos acaba de ruir. O Vasco se perde, o Lanús bota a bola no chão e se contenta com o placar. Afinal, uma vitória simples na semana que vem e os argentinos vão às quartas. Cristóvão mexe mal, troca Felipe pelo xará, o Bastos. Torcida que apoiava, agora vaia. Chama o técnico de burro e deixa de incentivar. A atmosfera favorável está desfeita e o Lanús agradece.

Cristóvão pode estar em uma fase infeliz, digamos assim. Escala mal, mexe mal, não acerta a mão. Mas a torcida também não ajuda. Assim como não ajudou a atitude de Felipe. Em um jogo como esse, o ideal é apoiar até acabar. Depois, vaia quem quiser. Mas Felipe sai, esbraveja, xinga e, como ídolo, carrega a torcida junto. Pobre Cristóvão. Hoje, a torcida do Vasco atrapalhou e precisa entender isso. Vaiar é direito do torcedor, xingar também. Mas é preciso saber a hora certa de fazer. A hora certa era depois do jogo, não com 20 minutos do segundo tempo. Parece que a torcida vascaína precisa arrumar um vilão sempre. Pode ser Fernando Prass, Rhodolfo, Alecssandro, Felipe Bastos, Fágner, Cristóvão, enfim, cada jogo um. Às vezes, simplesmente não há vilão. 

No fim, os jogadores, em uma postura muito elogiável, aguardaram o treinador atravessar todo o campo para acompanhá-lo durante a saída. Isso mostra que o técnico é querido pelo grupo, apesar de ser odiado por boa parte da torcida.

Dizer que o resultado foi bom para o Vasco é relativo.
Dizer que o resultado foi ruim para o Vasco é relativo.

Nem bom, nem ruim. O resultado foi mais ou menos mesmo.

4 comentários:

  1. Em relação à torcida, concordo em gênero, número e grau rs. Tem horas que precisamos engolir a revolta e incentivar! Quanto ao Felipe, pra ele sim deve ser muito difícil estar jogando bem e ser trocado por aquilo, ele tem que reclamar mesmo!
    O blog tá ótimo, Drin! Beijão!

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  2. To curtindo seus textos mane! Meus parabéns!

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  3. Tá brincando ? Ele perdeu o Brasileiro do ano passado com as bizonhices dele e a gente apoiou, errou na Taça guanabara e a gente apoiou, fez uma cagada na final da taça rio e a gente apoiou, aí complica um jogo fácil e quer apoio ? Torcida demorou pra fazer o que fez...

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  4. To curtindo os textos do blog, rapaz!
    Mantenha as opiniões fortes, que vai longe.

    Abraço

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