quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dois sonhos, uma realidade

Uma noite, dois jogos, dois times cariocas. E o mesmo final infeliz.

Essa foi a quarta-feira que envolveu Fluminense e Vasco. Jogos diferentes, finais idênticos.

Foto: AP
O Fluminense foi superior ao Boca Juniors no Engenhão. Mas não transformou a superioridade em gols, apesar de ter aberto o placar logo cedo em um gol de falta de Tiago Carleto (exatamente como havia sonhado o pai do jogador). Falei durante a semana para alguns amigos que o Boca se classificaria pelo simples fato de não ter levado gol em casa. Mas, com requintes de crueldade, o castigo dos tricolores chegou aos 45 minutos do segundo tempo. Uma bola vadia, um passe de Riquelme, bola na trave, Cavalieri salvando e... gol de Santiago Silva. Sem Fred e Deco, o time de Abel Braga perde demais, tanto no meio quanto na frente. Se não são ruins, os reservas imediatos também não são do quilate dos titulares. Wagner está muito mal e Rafael Moura não fez boa partida. Além disso, Thiago Neves não correspondeu o que era esperado depois do alto investimento feito. Classificado ou não, os torcedores podem ter certeza que têm um belo time e um belo elenco, que será muito favorito ao Brasileirão, ainda mais levando a sério desde o começo. O Fluminense não precisa buscar vilões ou motivos para a eliminação. Simplesmente não deu. Faz parte. Vida que segue.

Foto: Ari Ferreira / Lancenet
O Vasco não levou gol em casa. Mas também não fez. Foi ao Pacaembu como o Boca, esperando uma bola vadia. Enfrentou o Corinthians de igual para igual. Jogo amarrado, pegado, brigado, com os dois times marcando melhor do que atacando. O Corinthians não é um time brilhante, mas é incrivelmente eficiente. Único invicto na Libertadores, com dez jogos feitos e só dois gols sofridos. Melhor marca da competição desde 1960. Sim, um absurdo. O Vasco também é carne de pescoço, adversário duro de ser batido. Tanto que fez gol em todos os jogos da temporada... até enfrentar o Corinthians. Na hora mais importante do ano, a bola não quis entrar. Lembram daquela tão falada bola vadia? Ela caiu nos pés de Diego Souza. O camisa 10 vascaíno carregou, carregou, carregou e... perdeu o gol que o atormentará o resto do ano. Como castigo, um gol aos 43 minutos do segundo tempo. Assim como o Flu, o Vasco tem um time pronto. Se o elenco não é tão completo, pode vir a ser com três contratações pontuais. Chegar forte no Brasileirão é mais do que possível. Lembrando também que Dedé foi um sério desfalque na fase final.

Após as eliminações, é natural que as duas torcidas se apeguem ao "se". Se aquela bola entrasse, se o Diego Souza driblasse o goleiro, se o juiz não anulasse o gol, se o juiz desse o penalti, se o Deco não tivesse se machucado, se o Dedé estivesse em campo, se o Prass pegasse aquela bola, se o Cristóvão tivesse feito aquela substituição, se o Riquelme errasse aquele passe. Os detalhes sempre serão lembrados, principalmente em jogos assim. O "se" não faz parte do futebol. Os fatos sim.

E os fatos, amigos, são cruéis.

Acabou a Libertadores. Que venha o Brasileirão.

Fim dos sonhos.

Hora de voltar à realidade.

3 comentários:

  1. Eu não vi a disposição tática do corinthians. Mas, Danilo, Ralf e Alessandro...não teve para Fagner, Feltri, muito menos Éder Luis.
    Pelo menos já sei o que posso usar no meu Cartola da semana que vem! rssss

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  2. O Fluminense concordo que já era mais do que previsto,não só pelos desfalques, mas também pela imensa experiência e fama de copeiro do Boca Juniors que liderado por um experiente,vencedor e craque Riquelme jamais sentiria a pressão da torcida tricolor no Engenhão.Já o Vasco o qual considero o melhor dos quatro grandes do Rio neste ano de 2012 perdeu nos detalhes,com esse sim o destino foi cruel porém prevísivel já que há muito tempo Diego Souza vem mostrando que não tem condições de envergar o manto cruz-maltino ainda mais na posição de centroavante conforme o fraquíssimo técnico Cristóvão(diga-se de passagem não é um treinador e sim um tapa-buracos que deixaram no cargo) vem fazendo desde de o Brasileirão de 2011.Diego Souza não só errou feio no lance cara a cara com o arqueiro corinthiano como também deixou de fazer um passe perfeito para Carlos Alberto que entrou livre pela esquerda.O raçudo time do Vasco viu seu objetivo de ser campeão da Libertadores ir por terra nos pés de um jogador limitado colocado em uma posição errada por um fraquíssimo treinador.

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