quinta-feira, 18 de abril de 2013

No caminho certo

(Foto: Cleber Mendes / Lance Press)
Enquanto vai caminhando na direção certa fora de campo, o Flamengo ainda procura o norte dentro das quatro linhas. O primeiro passo foi dado no clássico contra o Fluminense. O segundo, contra o Remo, pela Copa do Brasil. Apesar de ainda ser muito cedo para garantir, o rubro-negro vem dando sinais de que pode encontrar o rumo que a torcida tanto espera.

Esse rumo parece passar pelos pés de Gabriel e pelas fases iluminadas de Hernane. O meia-atacante novamente comandou o ataque com intensa movimentação, inversões, boas jogadas individuias e passe para um dos gols. Hernane, por sua vez, parece ter encontrado o caminho das redes novamente. Nos últimos dois jogos, foram quatro gols. Sempre é bom pontuar que o Brocador não prima pela técnica, mas é um jogador voluntarioso e, uma curiosidade, faz gols dando apenas um toque na bola. 

O que poderia ser apenas folclore, na verdade, deflagra uma situação. Se os companheiros conseguirem arquitetar a jogada e colocarem Hernane em boas condições de marcar, a bola tem boas probabilidades de parar dentro do gol. Nos três gols de hoje e no marcado diante do Flu, Hernane estava em ótimas condições para anotar os tentos. E foi exatamente o que fez. Quatro toques na bola, quatro gols.

Outro ponto positivo é Rafinha. A jovem revelação voltou aos trilhos e jogou bem nos três últimos jogos. Com o camisa 7 fazendo companhia a Gabriel e Hernane, o Flamengo voltou a jogar bem. Claro que não são apenas os três. A defesa e o meio-campo, apesar de alguns erros, também estão se acertando. E obivamente que as vitórias ajudam. Além da confiança, diminuem a pressão em cima de Jorginho e dos jogadores.

A procura é pelo rumo certo, tanto dentro quanto fora de campo.

E o Flamengo parece estar encontrando a direção. 

Para dar tudo certo é simples.

Basta continuar seguindo o caminho.

domingo, 14 de abril de 2013

Vai entender

(Foto: Guilherme Pinto / Ag. O Globo)
O futebol é realmente um esporte imprevisível.

Se baseando nas últimas atuações, quem diria que o Flamengo ganharia o Fla-Flu jogando com tanta facilidade em todo o primeiro tempo e no começo do segundo? Mesmo com alguns desfalques do lado tricolor, o mínimo que se esperava era um jogo equilibrado. Mas o Flamengo surpreendeu. Trocou passes com velocidade, contou com muita movimentação de todos os setores, além de encaixar um forte esquema de marcação.

A construção do resultado e da boa partida dos rubro-negros tem uma explicação. Gabriel. O camisa 10 foi a principal peça do esquema rubro-negro. Começou as jogadas do primeiro e do terceiro gols com ótimos passes, e deu muito trabalho ao sistema defensivo do Fluminense. Renato, com dois gols, Léo Moura e Elias também se destacaram, principalemente no primeiro tempo.

Depois, bem que Jorginho tentou estragar tudo. Não é novidade para a torcida rubro-negra as constantes invenções que o técnico vem fazendo. Mas, hoje, ele se superou. Ninguém entendeu a troca de Gabriel, o melhor jogador em campo, e um meia-atacante, para a entrada de João Paulo, lateral-esquerdo. Em seguida, Hernane, centroavante, por Cléber Santana, meio-campo. Ou seja, o time ficou sem um homem fixo na frente e com dois laterais-esquerdos. Inexplicável.

Quanto ao Fluminense, um resultado que pode mexer com a confiança do time para o confronto que realmente importa, o jogo contra o Caracas, pela Libertadores. A equipe que entrou no campo do Raulino de Oliveira deve ser a mesma que entrará no gramado de São Januário, na próxima quarta. Sem jogar um futebol convincente esse ano, inclusive nos jogos em casa pela competição continental, é preciso ligar o alerta. Se o elenco é tão falado como um dos melhores do Brasil, é nessa hora que precisa mostrar sua força. Mas o primeiro tempo do clássico foi de assustar.

O Flamengo que suou para vencer o Remo, empatou com Duque de Caxias e perdeu para o Audax, venceu o Fluminense com facilidade.

O tricolor, com um dos elencos mais caros do país, perdeu para um rubro-negro ainda em formação.

E Jorginho, incompreensível, resolveu bagunçar o que estava certo.

Isso é futebol.

Vai entender.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cenários

(Foto: Jefferson Bernardes / AFP)

O cenário não era dos melhores. 

O Fluminense entrou em campo sem três titulares e Deco, que só não é titular porque se machuca demais, jogador capaz de mudar uma partida. Depois da derrota para o Grêmio no Rio, e considerando que o último jogo é em casa, contra a equipe mais fraca do grupo, o empate estava de bom tamanho. Mas no futebol todas as verdades mudam em apenas um lance.

Com a expulsão de Cris, o Grêmio foi obrigado a recuar. O cenário, então, era completamente outro. E mesmo sem o seu principal trio em campo, a vitória já passava a ser um resultado quase obrigatório. O "quase" é necessário porque mesmo com o empate o Flu só depende de si para se classificar. Com a vantagem numérica, esperava-se uma pressão no tricolor gaúcho, mas isso esteve longe de acontecer, apesar de algumas boas chances criadas.

Criadas e perdidas. O tricolor carioca mostrou porque Fred faz tanta falta em momentos decisivos. Rhayner, Sóbis, Wagner, todos tiveram e perderam oportunidades. Talvez, com o artilheiro em campo, o placar fosse diferente e o Flu chegasse mais tranquilo na última rodada. Quem também poderia mudar o jogo era Felipe. Mas, sem razão aparante, Abel só o colocou em campo quase aos 40 minutos do segundo tempo. 

Com o empate, praticamente nada muda para o Fluminense. Basta vencer em casa para se classificar.

O cenário começou ruim e poderia ter terminado melhor.

Mas ficou de bom tamanho.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Igual, mas diferente

(Foto: Ney Marcondes / VIPCOMM)
O Flamengo entrou em campo com mudanças em relação ao último jogo (de novo), mas apresentou os mesmos problemas de sempre. Time bagunçado, movimentação desorganizada, improviso na lateral-direita depois da saída de Léo Moura, falhas na marcação, falta de criatividade...

De bom mesmo teve as atuações de Rafinha e Gabriel. Longe de ser brilhante, o camisa 11 marcou um bonito gol, arriscou mais jogadas e apresentou um futebol melhor do que vinha mostrando nos últimos jogos. No eterno looping que atinge as jovens promessas, Rafinha jogou demais quando apareceu, começou a receber mais atenção dos marcadores e deu aquela sumida natural. Hoje voltou a arriscar jogadas individuais e foi mais insinuante, o que pode ajudar a subir novamente de produção.

Gabriel, pelo segundo jogo consecutivo, foi o principal jogador de ataque. Se movimentou, procurou o jogo, arriscou chutes de fora da área, tão raros nesse atual Flamengo, e contribuiu na recomposição. Depois de ser promessa no Bahia, começa a dar sinais de que pode ser uma das soluções do rubro-negro carioca.

De resto, como dito, o time foi o mesmo. Confuso e com substituições que não surtiram efeito. A fase iluminada de Hernane parece ter passado, Rodolfo, apesar de mostrar qualidades, ainda não se achou totalmente, Elias foi mediano, assim como o resto do time. Mas deu para o gasto, mesmo sem eliminar o jogo de volta.

Na repetição de erros o Flamengo foi o mesmo.

Pelo menos o resultado foi diferente.
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