O céu é infinito e há espaço para muitas estrelas. Algumas aparecem, meteóricas, brilham, intensificam o brilho, permanecem por lá e, com a naturalidade que a vida impõe, se apagam com o tempo. Mas essas somem orgulhosas, com uma história bonita para contar.
Outras são semelhantes apenas no começo da história. Aparecem, meteóricas, brilham, intensificam o brilho e... ao invés de permanecerem por lá atraindo olhares de admiração, somem com a mesma velocidade e intensidade com que surgiram. Esse segundo tipo serve para contar a história de Ronaldinho Gaúcho, uma estrela cada vez mais decadente.
Surgiu no céu do Grêmio. Brilhou. Brigou. A estrela piscou, mas voltou a acender na França, pelo Paris Saint German. Brilhou de novo, muito. Campeão do Mundo em 2002, com relativo destaque na Seleção Brasileira de Felipão. Passado o mundial, brigou de novo. Chegou ao Barcelona. A estrela ganhou mais luz. Brilhou, brilhou. Duas vezes melhor jogador do planeta. Que estrela! "Será maior que a estrela Pelé", arriscavam alguns.
Veio a Copa do Mundo de 2006. Todos olhavam para a estrela. Esperavam que ela brilhasse tanto, ao ponto de ter o céu só para ela. Não brilhou nem sucumbiu. Foi indiferente. Depois, algumas piscadelas no céu e brilho intenso na noite. Melhor, noitadas. Saiu. Foi para o céu da Itália, no Milan. Brilhou, piscou, brilhou, piscou. Apagou. Cadê a estrela?
Dessa vez não brigou. E voltou. Festa na favela, a estrela chegou! "Brilha no céu vermelho e preto, Ronaldinho", diziam os torcedores do Flamengo. Brilhou. Mas foi pouquinho, inversamente proporcional ao brilho de sua conta bancária. Dá para contar nos dedos quantas vezes a estrela foi vista no céu. "Ainda dá", acreditavam. Será? Não deu. Brilho pequeno, ação judicial grandiosa. Outra briga, estrela? Assim não há céu que te queira.
Mas quis.
Vai pro céu do Atlético Mineiro, estrela opaca.
E apaga de vez em preto e branco.
Assim fica tão sem graça quanto você.
Muito revolts!
ResponderExcluirRetrato de uma estrela (de)cadente. Um dia ele vai entender que estrela solitária no futebol não se cria. Taí o Botafogo que não me deixa mentir.
ResponderExcluirGenial! Que texto!
ResponderExcluirBom blog, vi por indicação do Rafael Rezendo no twitter, tb não acredito em teorias da conspiração, se acreditasse seria bobo de continuar assistindo futebol.
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