Três Flamengos diferentes foram vistos durante os 90 minutos na vitória de 3 a 1 sobre o bom time do Coritiba.
O primeiro foi o melhor Flamengo que se viu em 2012, que só durou 12 minutos. Um Flamengo veloz, com troca de passes, movimentação constante e boa chegada dos volantes. Sem armador, mas com armação. Tudo isso ficou evidente nos lances de perigo e, principalmente, no segundo gol, quando Ibson era o jogador mais adiantado e deu o passe para a conclusão de Luiz Antônio. Este, no lugar de Kléberson, dava mais mobilidade ao meio de campo. Diego Maurício também fazia boa partida no ataque, invertendo posição com Vágner Love e correndo muito, o que confundia a marcação adversária.
Depois desses 12 minutos avassaladores, quando abriu 2 a 0, o que se viu foi um Flamengo comum. Atacava e sofria ataques. Ora, acertava, ora errava. Em um desses erros, o Coritiba diminuiu. O famoso problema do time rubro-negro apareceu mais uma vez, a bola cruzada na área. Wellinton demorou a subir e o bom zagueiro Emerson fez o gol que reequilibrou o jogo. O panorama foi o mesmo até o fim da primeira etapa.
No segundo tempo, entrou em ação o terceiro Flamengo. Aquele que a torcida se acostumou a assistir em 2012. Medroso, encolhido, sendo pressionado, sem criatividade, marcação frouxa, abusando dos chutões sem direção, repleto de problemas. A equipe só voltou a melhorar no fim, quando Joel mexeu bem e tirou Magal para a entrada de Muralha. O jovem deu novo gás ao meio campo, enquanto o veterano Renato Abreu foi fechar a lateral esquerda, já que não subia ao ataque.
No fim, em um bate-rebate após cobrança de falta de Bottinelli, o estreante Hernane fez o gol que selou a vitória.
Uma vitória para aliviar a crise.
E aumentar a dúvida.
Qual dos três é o verdadeiro Flamengo?
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