sábado, 9 de junho de 2012

Deixem os meninos jogarem


Precisa-se de calma para analisar o jogo de hoje entre Brasil e Argentina.

A seleção dos nossos vizinhos está pronta. Conta com jogadores cascudos, rodados, que estão em importantes clubes faz tempo e, além disso, tem Messi, o gênio.

O Brasil é totalmente o avesso. A geração que deveria estar no ápice agora, comandando o time, seria a de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Adriano. Por motivos óbvios não se pode contar com eles. Lembrem-se que, hoje, a seleção principal é basicamente a mesma que estará nas Olimpíadas.

Olhando dessa forma, o Brasil está no caminho certo. O time é jovem, veloz, habilidoso e técnico. O que faltou na partida foi um bom posicionamento dos zagueiros, que levaram gols em lances idênticos. Bolas entre a defesa, do jeito que Messi gosta. Lembrando que Thiago Silva não jogou hoje e sua ausência foi sentida. Se pararmos para pensar, o 11 inicial do Brasil é um bom time. Na tática de Mano Menezes, o 4-3-3, eu escalaria da seguinte forma:

Jéfferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Dedé e Marcelo; Lucas Leiva, Hernanes (Rômulo se precisar de mais marcação) e Oscar (Ganso). Lucas, Neymar e... o centroavante é um mistério. Pato vive se machucando, Damião não corresponde na seleção e Fred não quer ser o que poderia. É uma posição carente, mas dá para achar alguém.

Durante o jogo se falou muito em Neymar x Messi. O brasileiro perdeu duas chances parecidas com as do argentino, mas comparar os dois me parece um pouco fora de tom. Messi é cinco anos mais velho que Neymar, já foi o melhor do mundo três vezes, joga na Europa desde os 13 anos e é titular do Barcelona há cinco anos. Neymar ainda vai aprender muito com os erros, com as derrotas. Sem falar que nos dois lances do atacante brasileiro ocorreram penaltis. O primeiro discutível, o segundo, claríssimo. A grande diferença é que Messi sabe ser fatal sendo objetivo e simples. Alia velocidade, dribles curtos e precisos e finalizações certeiras. Neymar parece sempre querer dar um toque a mais, um efeito a mais. Como disse, aprenderá com o tempo. Mas comparar os dois, não dá, ainda não.

Nos quatro amistosos que fez, foram duas derrotas e duas vitórias. Resultados à parte, o saldo é positivo. O Brasil está encontrando na juventude de agora uma seleção que poderá render bons frutos durante os próximos dez, 12 anos.

Basta que não atropelem o processo, que não coloquem pressão.

Faço um pedido.

Deixem os meninos jogarem.


PS: Concordou com a seleção do blogueiro? Sim? Não? Escale a sua nos comentários.

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