(Foto: Alexandre Loureiro / Lancepress) |
O Flamengo vinha de 17 jogos de invencibilidade, contando a reta final do Brasileirão 2012, não perdia para o Botafogo há 3 anos, o equivalente a 11 jogos, não levara gol nas últimas 4 partidas, ou 360 minutos, e teve a melhor campanha da Taça Guanabara, com 22 pontos em 24 possíveis. Mas bastou apenas 1 minuto, 60 segundos, o menor valor entre todos os citados anteriormente, para tudo isso ruir. E aí acabou. Já era. O culpado? Julio César, lateral-esquerdo do Botafogo, que desfilou no meio da defesa adversária e fez um golaço.
Com a vantagem na mão, talvez o Flamengo tenha entrado em campo ainda dormindo. Já não é de hoje que o rubro-negro tem dificuldade para usar as vantagens que consegue. O alvinegro não tinha nada com isso e tratou de acabar com ela assim que o jogo começou. E graças ao gol relâmpago, a segunda semifinal da Taça Guanabara foi decidida no primeiro instante.
Flamengo mal em campo? Sim. Por quê? Porque o Botafogo esteve muito bem e simplesmente anulou a equipe de Dorival. Oswaldo soube armar um meio-campo criativo e pegador ao mesmo tempo. Conseguiu o gol no início e recuou para tirar a principal arma do adversário, o contra-ataque. Obrigado a criar, o Fla se viu amarrado, já que Carlos Eduardo demonstrou, mais uma vez, estar completamente fora de forma e condições de jogo. Depois, Dorival mexeu mal. Como o Botafogo esperava em seu próprio campo, o técnico poderia ter tirado Cáceres ao invés de Elias, que sabe sair mais para o jogo e é um meio-campista mais dinâmico.
Com o Flamengo mais em cima, Oswaldo, ao contrário de Dorival, mexeu bem. Colocou Vitinho nas costas de Léo Moura. O jovem não só incomodou a defesa rubro-negra, como também sacramentou a vitória depois que Felipe foi à área alvinegra tentar, no desespero, o gol no fim do jogo.
Os números são muito utilizados no futebol. Podem expressar vantagem para um ou outro.
Mas não podem ser determinantes.
Afinal, 1 minuto pode se tornar mais valioso que todo o resto.
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