(Foto: Rudy Trindade / VIPCOMM) |
Talvez nem fosse o melhor dia para dar um show. Clássico em uma quinta-feira, horário insólito, ainda nas rodadas iniciais, e ambos os clubes em reconstrução. Seria o típico jogo para empate. Seria, quem sabe, se Rafinha não estivesse em campo. Se Rafinha não corresse tanto. Se Rafinha não participasse dos quatro gols. Se Rafinha não marcasse um golaço. Se Rafinha não fosse Rafinha. Mas, afinal, quem é Rafinha?
Ao sair do CFZ para o Fla, o jogador serviu como muleta para uma polêmica. Capitão Léo acusou Zico de prejudicar o clube da Gávea no acordo CFZ-Flamengo (relembre aqui). À época, um dos jogadores que chegou ao rubro-negro foi o atacante. Na base, Rafinha teve bom desempenho, mas sempre chamou atenção pelo aspecto franzino. E pela velocidade, claro.
Nos profissionais, era difícil imaginar que ele seria titular e, mais ainda, começaria a fazer a diferença. Jogo após jogo, o rendimento de Rafinha vem crescendo e isso culminou com uma grande atuação justamente contra o Vasco. Ao participar de todos os gols e infernizar a defesa adversária, inclusive Dedé, Rafinha se transformou em um pequeno notável. Ainda há muito o que fazer? Sim, mas o começo é animador, principalmente para a torcida do Flamengo, que anda tão carente de ver jogadores vindos da base fazerem sucesso e, ao mesmo tempo, pode ter esperança em ter um time qualificado.
O Carnaval é só na semana que vem, mas Rafinha antecipou a festa rubro-negra.
Desfilou pelo gramado do Engenhão como se fosse sua apoteose particular e fez um baile de proporções inversas.
Pequeno artista,
Grande Carnaval.
Nenhum comentário:
Postar um comentário