quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ah, o futebol!

Futebol, futebol. Que esporte fantástico é o futebol.

Jogadores do Chelsea comemoram o gol que selou
a classificação do time londrino à final 
O Barcelona é o melhor time do mundo. Tem o jogador mais aclamado do momento, tornou a revolucionar o futebol, assim como a Seleção Brasileira de 1982. O Barcelona joga e não deixa jogar. Sem faltas, sem catimba, na bola. O Barcelona massacra, castiga, bota qualquer adversário na roda, inclusive o poderoso Real Madri. Posse de bola, passes envolventes, obediência tática e, sobretudo, muita eficiência ofensiva. Em alguns jogos, o Barceloa entra em campo sem zagueiros, com um lateral e um volante improvisados. Por quê? Porque ele sabe que é o dono do jogo, que a bola vai ser dele em 70, 80 porcento do tempo. O clube catalão entra sabendo o que vai fazer: vencer. Pode parecer chato, ao ponto de torcemos contra só para mudar a ordem natural das coisas, mas faz parte da beleza do esporte. Por justiça, o Barça deveria ganhar todos os seus jogos. Mas desde quando o futebol é justo?

Não é. Nunca foi. Nunca vai ser.

Para enfrentar o Barcelona, na minha opinião, você precisa seguir algumas regras básicas. Primeiro você assume que eles são superiores e simplesmente o seu time não pode tentar jogar de igual para igual. É suicídio. Depois, você entra pensando em uma maneira de tentar pará-los e não perder. Por último, e, nesse caso, só se você conseguir, deve procurar uma forma de tentar ganhar. Tentar jogar, tentar parar, tentar ganhar. Para os adversários a ordem é tentar. Para o Barcelona a ordem é fazer.

Aí vem o futebol e os mistérios que nem as certezas do Barcelona conseguem desvendar. Dizem que o futebol deve sempre premiar quem ataca. Será? A defesa também não faz parte do esporte? Defender com garra, eficiência, e até sorte, também não pode ser uma arte? E o contra-ataque mortal? Saber o exato momento, aquele pequeno instante, para dar o bote e ser fatal, também faz parte da beleza do futebol. 

O Barcelona não precisa provar mais nada. Ganhou seis títulos em um ano. Mudou a maneira com que o futebol atual é jogado. Todos querem ser o Barcelona. Os espanhóis já fizeram história. E vão cotinuar fazendo. Não se espantem se eles ganharem ano que vem, e no próximo, e no próximo.

Mas a classificação do Chelsea (um time que soube marcar, contra-atacar e teve sorte) nos mostra que o futebol é, e continuará sendo imprevisível. Eu apostava na classificação do Barcelona. Eu e o mundo. Todos quebramos a cara. A cada 100 jogos, o Barça vai entrar e destruir seu adversário em 98, 99. Essas duas partidas, talvez, tenham sido esses dois jogos em que o comum foi modificado. Dois jogos em que o dois mais dois não foi igual a quatro. Dessa vez, os deuses do futebol deixaram que outro clube escrevesse a história, que outro clube fosse protagonista. Dessa vez, a história é do Chelsea.

Amanhã, o Barcelona continuará atacando como forma de surpreender.

E o futebol continuará surpreendendo como forma de atacar.

Um comentário:

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