Para usar esse terno, só sendo melhor do mundo 4 vezes |
Lionel Messi foi eleito o melhor jogador do mundo pela quarta vez consecutiva e se tornou o maior vencedor do prêmio. Mas deixemos Messi de lado. Vamos falar do vice, ou melhor, tri-vice, Cristiano Ronaldo.
Ronaldo diz que não se importa, que o prêmio nem vale tanto assim. Mas para quem afirma que "humildade em demasia é defeito", o prêmio é relevante, sim. E talvez o português ganhasse essa eleição nas três vezes em que foi vice. Talvez... se Messi não existisse, fosse 10 anos mais novo ou mais velho, enfim, se de alguma forma o argentino não fizesse parte da mesma geração. Cristiano Ronaldo é craque, gênio, um jogador completo e, pelo que dizem aqueles que o conhecem, profissional ao extremo. Se dedica, treina, treina, treina e treina cada vez mais, sempre procurando ser o melhor.
Mas Messi está sempre ali para lhe roubar os tão desejados holofotes. Não roubar por completo, até pela timidez do jogador do Barcelona, mas sempre na hora mais importante. Se Ronaldo for o melhor do mundo, Messi tem que ser o melhor do universo, o que torna tudo até mais irônico. O fato de Cristiano ser tão bom, e mesmo assim não conseguir ser o melhor do mundo, faz de Messi um jogador ainda mais espetacular. O português está em um patamar que nenhum outro jogador está. É superior a todos, sem discussão. Mas Messi está sempre um degrau acima e, a julgar pela diferença de idade (CR7 é 3 anos mais velho que Messi), Ronaldo deve entrar na parte descendente da curva primeiro.
O que resta ao craque do Real Madrid é fazer o que vem fazendo temporada após temporada: jogar bola, marcar gols e ser decisivo para o seu clube. Com sorte, a maré vira um pouco de lado e ele inverte, pelo menos por um ano, a ordem natural do futebol, assim como o Real fez ano passado ao bater o Barça no Campeonato Espanhol.
Caso não aconteça, paciência. Seu nome estará na galeria dos maiores craques da história do futebol de qualquer jeito.
Sempre sendo lembrado como o "coadjuvante" de Messi, sempre lembrado como o perseguidor do Pulga.
Um "coadjuvante" de luxo, que poderia ser o melhor do mundo, mas não é
Simplesmente porque compete com o dono dele.
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