quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Amor, loucura e sobriedade


Uma noite de amor, loucura e sobriedade.

Solta assim, essa frase até parece título de filme ou peça de teatro. Na verdade, foram três ingredientes que deram mais sabor ao jogo Figueirense x Flamengo.

Representando o amor, Vágner Love. Artilheiro e principal jogador do Flamengo. Atravessando a famosa má fase pela qual passa todo atacante. De mal com a rede, estava oito jogos sem encontrar o caminho da felicidade. A fase era tão ruim, que andava apanhando até da bola, logo ela, sempre amiga, sempre companheira, sempre o motivo de alegria.

Representando a loucura, ele, Loco Abreu. Bom jogador, polêmico, turrão, inteligente, aquele cara que foge do protótipo do boleiro. Formado em jornalismo, Loco Abreu diz o que pensa, argumenta, conversa, e reclama, reclama muito. Andarilho do futebol, chegou ao Figueirense por estar insatisfeito com a reserva no Botafogo. Mesmo assim, continuou ídolo da torcida do Glorioso.

Representando a sobriedade, Dorival Júnior, técnico do Flamengo. Chegou há 10 dias, pegou um time bagunçado, um clube desorganizado, jogadores em má fase, cobrança por renovação. Empatou com a Portuguesa e levou goleada do São Paulo. Com o adiamento da partida contra o Atlético Mineiro, teve 10 dias para trabalhar. E trabalhou. Acabou com os rachões, fez coletivos e treinos de fundamentos. Tudo com um só objetivo: voltar a vencer no campeonato.

E na vitória do Flamengo por 2 a 0, cada um representou direitinho o seu personagem.

Love fez dois gols e voltou a ser o Artilheiro do Amor, deixando todos felizes, companheiros, técnico e torcida.

Loco Abreu, provocado pela torcida rubro-negra, beijou o escudo do Botafogo na camisa que usava por baixo do uniforme do Figueirense. Um gesto que deixou os alvinegros - cariocas - felizes. 

Dorival conteve a euforia e declarou que ainda há muito a melhorar. O Flamengo ganhou do lanterna do campeonato em um jogo que esteve longe de ser absoluto em campo. Ponto para ele, que sabe exatamente o quanto ainda falta para ter um time pronto.

Assim foi a noite no Orlando Scarpelli, com cada personagem desempenhando seu papel do jeito que se esperava. 

E entre gols, amores, loucuras e declarações sóbrias, todos saíram ganhando

Menos o Figueirense.

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